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sábado, 22 de dezembro de 2007

BEZERRA NETO
Jornalista e escritor
E-mail:
bzneto@gmail.com

O Sputnik

Semana de 20 a 27/10/2007
Os primeiros passos em direção à conquista espacial foram dados com o lançamento, há 50 anos, do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik. A Nasa (Agência Espacial Americana) e a ESA (Agência Espacial Européia) bradaram para todos os cantos a grande novidade; a corrida espacial acontecendo a partir do Sputnik. Numa conferência na Academia Russa de Ciência, o diretor da Nasa, Michael Griffin, afiançou: "O Sputnik protagonizou um acontecimento sem precedentes na história da humanidade e, em nosso caso, deu um forte impulso ao programa espacial dos Estados Unidos, pois sem ele não haveria a Apolo". O satélite subiu ao espaço em 04 de outubro de 1957 e, um mês depois, o primeiro ser vivo fez sua viagem pelo espaço: a cadela Laika. Foi um “deus nos acuda” de tanta falação!... O primeiro vôo de um ser humano ao espaço só aconteceu em 12 de abril de 1961 – o russo Yuri Gagarin, na nave Vostok-1, seis anos depois do Sputnik. Griffin veio destacar para os acadêmicos russos que a URSS foi a primeira a colocar em órbita uma nave espacial com dois e depois com três cosmonautas, realizando a primeira viagem espacial, com Alexei Leonov no comando da nave Vosjod-3, em março de 1965. E para Jean-Jacques Dordain, diretor-geral da ESA, “o lançamento do Sputnik, uma esfera de alumínio polido de 83 quilos, que sobrevoava a Terra a uma altura de mil quilômetros e emitindo sinais, mudou o mundo". O Sputnik abriu uma nova janela para o mundo, realmente.
Minha meninice, eu a curti atento a tudo que se falava pelo rádio (a televisão já havia chegado ao Brasil, mas não no interior onde morava com meus pais) a respeito do Sputnik. Tinha 11 anos, então, idade suficiente para que guardasse boa impressão do mundo daquela época, onde os homens ainda sonhavam com o progresso da humanidade; não era como hoje, onde todos ou quase todos só pensam em obter sucesso e riqueza pessoais. Caminhamos nos dias atuais todos assim, numa grande e ambiciosa jornada de conquistas que, no final verificamos que é inglória, porque é guiada pelo egoísmo e pela ambição desenfreada que nos arrasta para abismos infindáveis, havendo nisso completo alheamento às coisas do espírito e de Deus.

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